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A decisão em amamentar tem influência biológica, mas também emocional e sociocultural. Ganha importância a história de vida principalmente da mãe, sua rede de apoio, sua condição emocional (e a do bebê) e o valor dado à amamentação.
No início da vida, o bebê necessita de alguém que faça para ele a função de continente, decodificando as suas sensações, temores, anseios, desejos e necessidades fisiológicas. Dando para ele um significado do que ele percebe sensorialmente. Esta significação possibilita o conhecimento prático, dá bases para a segurança e para a sua ida para o mundo das relações (influenciando, inclusive, a sua posterior relação com os alimentos).
Desta forma, os vínculos iniciais da vida são de fundamentais atenção e cuidado. Influenciam o desenvolvimento da pessoa.
O aleitamento materno pode estimular o desenvolvimento do vínculo afetivo entre mãe e filho, principalmente pela profunda e intensa interação mãe-bebê.
Porém, mães que não amamentam podem também desenvolver este vínculo profundo e perceptivo com seus filhos. A amamentação não determina isto, mas sim pode facilitar.
Da mesma forma que há mães que amamentam e que não desenvolvem um vínculo saudável, muitas vezes por suas próprias questões internas não tratadas que são projetadas na relação (assim como os pais).
Por isso tão essencial o autoconhecimento e o autocuidado dos próprios pais. Assim temos a abertura para viver melhor no mundo das relações.
Escrito por Ana Paula Bechara