Eixo Intestino-Cérebro
O conceito de eixo intestino-cérebro tem vindo a ser cada vez mais estudado e reconhecido sobre a sua ação direta na saúde física e emocional.
Do que se trata?
Conjunto de conexões neuroquímicas estabelecidas por uma rede de milhões de nervos e neurônios entre o intestino e o cérebro.
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Microbioma intestinal (formado por trilhões de microrganismos que colonizam o intestino)
Se trata de uma ligação bidirecional, o que significa que a saúde intestinal afeta a saúde do cérebro e vice-versa.
A evidência científica tem comprovado que os desequilíbrios neste eixo podem estar relacionados a várias condições de saúde como síndrome do intestino irritável, depressão, ansiedade, obesidade, autismo, baixa imunidade, diminuição do foco e memória, entre outros.
Eixo intestino-cérebro vs. distúrbios digestivos
Desequilíbrios causados por fatores como estresse crônico, podem desencadear problemas digestivos (p.e. síndrome do intestino irritável) devido às alterações provocadas na microbiota intestinal causadas pelos hormônios de estresse.
Eixo intestino-cérebro vs. depressão e ansiedade
Cerca de 90% da serotonina é produzida e armazenada no intestino, e ela desempenha um papel muito importante na regulação do funcionamento digestivo básico, humor e nossa sensação de felicidade.
As disbioses da microbiota intestinal são um fator que pode afetar o funcionamento normal do eixo intestino-cérebro, levando a problemas de saúde mental como depressão e ansiedade.
O que podemos fazer para melhorar o nosso eixo intestino-cérebro?
- Praticar atividade física
- Melhorar a qualidade do sono
- Investir no auto-cuidado: diminuição dos fatores de estresse e desequilíbrio emocional, e aumentar atividades prazerosas que proporcionem bem-estar
- A suplementação com probióticos pode ser útil em alguns casos
A alimentação tem uma ligação direta com a qualidade da microbiota e parece ser o seu principal determinante:
- Aumentar a ingestão de fibras através de frutas, verduras e alimentos integrais
- Diminuir a ingestão de alimentos altamente processados e refinados, ricos em açúcares e gorduras saturadas e/ou hidrogenadas
- Manter bons níveis de hidratação, privilegiando o consumo de água
* Recomendações mais específicas precisam ser avaliadas individualmente em contexto de consulta
Escrito por Ana Patrícia Faria