Falo sobre isso agora pois precisei aprender a fazer isso comigo mesma.
Já fui bastante dura comigo e não percebia como eu me machucava assim.
Fui percebendo com o tempo a importância da auto-aceitação em nosso processo de autoconhecimento.
Quando estamos em uma terapia profunda, vamos acessando partes de nós antes escondidas. Partes que, muitas vezes, negávamos, por esconderem dores emocionais e também por não serem tão bonitas assim, mas essenciais de serem vistas. Por exemplo, raiva de outras pessoas e/ou de si mesmo, inveja, medo de perder o outro levando vc a querer prender a pessoa etc.
Então, aprendi com o tempo, que com autoaceitação podemos admitir que temos estas partes que podemos não achar bonitas. Admitindo e aceitando elas chegam até a perder força e também podemos, pouco a pouco, compreender que elas estão servindo de defesas para as dores emocionais.
Além disso, quando as aceitamos e as trabalhamos (assim como quando elaboramos as dores emocionais que elas protegem), vamos pouco a pouco descobrindo as suas contrapartes dentro de nós.
Por exemplo, ao trabalhar o medo e as dores emocionais de infância relacionadas, podemos também encontrar a coragem e a confiança antes não exploradas.
Escrito por Ana Paula Bechara