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A história da Deusa Kali e o nome deste trabalho

A história dessa deusa, Kali, que me inspirou a dar o nome a este trabalho. Pois me conectei e compreendi certos elementos da história que traziam ensinamentos de como vencer aspectos em nós mesmos mais arraigados e de difícil mudança.

Conectei- me com a história e os ensinamentos, pois muitos dos pacientes que chegam à mim trazem uma desesperança, um “não tem jeito para mim”, um sofrimento arrastado nesta área da vida que me proponho a os receber- da relação com o corpo e alimento. Eu sempre explico logo de cara que isso é a ponta do iceberg, que o problema está mais embaixo e em outras questões da vida.

Mas, retornando a história de Kali, quis dar este nome por alguns motivos. O primeiro deles é a minha conexão com esta deusa e sua história. E um dos principais motivos é poder trazer uma força e uma inspiração para todos que chegam buscando uma cura para algo em si que parece não ter jeito.

Kali, em sua história, mostra que somos capazes de enfrentar estes aspectos mais difíceis da nossa personalidade e sairmos vitoriosos na transformação.
Para isso ensina sobre olhar de frente para o que temos a tendência a negar. Ensina sobre aceitar abrir porões do nosso inconsciente, para olhar para o que é feio, para o que está negado. E o mais importante- ensina sobre a auto-aceitação para a conseguir transformar.

Na história, ela foi a deusa que enfrentou demônios que outros não conseguiram vencer. A cada gota de sangue que caía de um deles, se transformavam em muitos outros. Então, ela passou a beber o sangue antes que caísse no chão. Bebeu, recebeu em si, transmutou o veneno em néctar e assim venceu a batalha.
Aqui podemos entender o beber como o receber em si mesmo. E vemos o poder de autotransformação que todos nós carregamos, desde que exista também uma sincera disponibilidade de se olhar e se trabalhar.

📷 Essa foto foi tirada há algumas semanas, a uma visita a um templo de Kali que fiz na Índia.

Escrito por Ana Paula Bechara