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“Com máscaras nos sentimos mais seguros, mesmo quando eles nos sufocam” (Bené Brown)

Podemos fingir ser o que não somos (ou o que não sentimos) de muitas formas e por diferentes motivos. Por exemplo, quando dizemos sim, querendo dizer não (como através de limites), para agradar o outro e, muitas vezes, para sermos atendidos e vistos por este outro também.

Usando as máscaras, apesar de poder gerar a impressão de segurança, empurramos para dentro e tentamos esquecer o que existe em nós em um nível mais profundo (como medos- os quais aparecem nas inseguranças, no controle-, as raivas, as culpas, o sentimento de incapacidade etc).

O problema é quando isso fica tão automático que nem percebemos mais que estamos neste fingimento, só sentindo os desdobramentos disso na vida, o que pode ser muito angustiante.
E aprendemos a fazer isso desde muito pequenos, ficando facil de compreender porque usamos a comida para mascarar ainda mais o que está escondido, mascarar estas contradições. De agradar quando sentimos raiva, de ser indiferentes quando nos importamos etc.
Usando a comida por ter uma inabilidade em lidar com o que se sente.

Mas este lidar com o que se sente e mudar a forma como nos relacionamos na vida (inclusive com o alimento e corpo) é possível de ser recuperado.

Para isso é essencial mergulhar nas nossas águas internas mais profundas, trazendo para a consciência o que está negado, vindo da nossa história de vida. Assim encontramos compreensões para as nossas questões e vamos percebendo que quem queria levar a nossa vida numa direção que conscientemente não desejamos é uma parte em nós que precisa ser acolhida e integrada.

Escrito por Ana Paula Bechara