Existem diferentes níveis de cuidado. Um dos níveis é o físico. E o que carregamos de marcas em nosso emocional pode chegar a relação que temos com o nosso corpo físico e a doenças neste. É como se o que guardamos dentro de nós ganhasse palavras desta forma.
Aspectos que estão doentes em nós (aparecendo na nossa forma de nos cuidar e em outras questões) trazem esta linguagem. Por isso, um sintoma não é nosso inimigo, mas um sinalizador de algo interno.
Então, primeiro de tudo observe que, se há essa repetição negativa em sua vida, é sinal de que vc precisa se aprofundar mais em seu processo. Assim como outras dificuldades e repetições em demais áreas da vida.
Em alguns casos, em que estas questões internas chegam ao cuidado com o corpo físico, há um comunicado sobre outras necessidades não atendidas, geralmente na infância. Necessidades em outros âmbitos do cuidado, principalmente o emocional, as quais podem ser deslocadas e expressas na forma como vc se cuida. Ficam marcas ainda abertas, as quais só tem a possibilidade de seus efeitos serem realmente curados, se vc olha para elas.
Um exemplo: Uma falta de um olhar e presença de uma pessoa na infância que vc compensa com algo do material (como o alimento e outros suportes). Há a busca nisso por algo que faltou e que consequentemente vc não encontra dentro de vc. Pois primeiro vem de quem nos cuida e do ambiente, para assim podermos internalizar o cuidado.
Este é um exemplo. Mas cada história e cada pessoa é única, sendo necessário vc olhar para si.
Um outro exemplo. Um medo que chega no cuidado (aparecendo em um controle excessivo), muitas vezes foi a forma como vc vivenciou este cuidado por uma outra pessoa, que lá atrás era ameaçadora, invasiva etc. Tem a ver com o vínculo com o outro. E hoje vc reedita consigo mesmo.
Percebe a profundidade?
Precisamos aprender a adentrar nas profundezas do nosso Ser, navegar em nossas águas profundas, se buscamos melhora em nossos sofrimentos de hoje.
Com isso quero desejar um ótimo domingo. Que possamos usar as nossas dificuldades de hoje como convites para um aprofundamento, cura e transformação.
Escrito por Ana Paula Bechara