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Como você lida com o erro?

Vou contar para vcs, para iniciar este assunto, uma situação que vivi.
Um dia cheguei em uma sessão (eu sendo atendida), como se estivesse carregando um peso nas costas, relatando para a profissional que eu achava que tinha errado com uma pessoa.
Ela me falou, então: “todos nós erramos, eu posso errar, você pode errar”. Mas aquilo em mim era tão forte (e tão rígido!), esta não permissão a qualquer tipo de erro.

Errar é humano. Mas entenda que uma coisa é errar, cair na culpa e como consequência ficar com o “chicote na mão”, se punindo, se boicotando, ficar tentando reparar a situação (por ex: agradando o outro) e/ou achando que não é merecedor de coisas boas- neste lugar podemos nos afundar ainda mais pra nos punir.
Um exemplo claro disso na alimentação é comer um chocolate, achar que está falhando, e comer a caixa inteira, comer até não aguentar mais. E são coisas bem diferentes comer 1 chocolate ou comer 1 ou mais caixas de chocolate, concorda comigo?
Um outro exemplo no âmbito de relacionamento amoroso é vc perceber que errou com alguém e, por isso, precisar se punir terminando o relacionamento e/ ou acreditando não ser merecedor de relacionamento algum.

Perceba que quem pega pesado consigo mesmo, idealizando um jeito de ser, geralmente pega pesado e exige bastante do outro também.

Agora, podemos ter movimentos diferentes perante aos nossos erros. Se realmente estamos percebendo que estamos errando, se repetidas vezes caímos em um mesmo ponto, podemos buscar nos estudar, compreender as nossas motivações por traz de certos movimentos na vida (as quais poderiam inclusive estar inconscientes). E, a partir deste auto estudo, surgir o arrependimento.
Percebe que fica mais leve?

Arrependimento por ter levado nossa vida e nossas relações em uma determinada direção, muitas vezes sem nem saber o porquê.
Este arrependimento nos leva a um amadurecimento, a uma maior humanidade consigo com nós mesmos (e consequentemente c/ o outro) e ao aprendizado- que nos ajuda a não precisar cair mais no mesmo ponto.

Espero poder ter trazido um pouco mais de clareza sobre este tema!

Escrito por Ana Paula Bechara