O medo de comer funciona como uma cortina. Nestes casos, não conseguimos ver o alimento como ele realmente é, pois estamos levando nossas questões internas- vemos como se utilizássemos uma lente colorida da nossa história. Isto se aplica também a demais questões internas que aparecem na nossa vida e relações.
Precisamos clarear e trabalhar os conflitos atrás do sintoma, independentemente da área da vida que se expressam e de como se expressam, para então conseguir mudar o que acontece na superfície.
No caso do medo de comer, compreenda que:
Nutrir-se tem a ver com receber. Receber algo da vida. No caso do alimento, algo vital.
Como já disse aqui, desde pequenos, o alimento é mais do que nutrientes. Logo que nascemos, quando recebemos o leite da mãe, estamos recebendo seu afeto e seu mundo.
Se há muito medo ao comer, precisamos investigar as marcas que carregamos, como as relacionadas ao receber do outro, um outro que pode ser sentido como perigoso- assim como é visto o alimento.
Tratando a ferida emocional, liberamos espaço para a confiança verdadeira em receber a nutrição e para o prazer no que nos faz bem.
Que possamos ter a coragem de trabalhar os nossos conflitos internos e curar as profundas feridas por trás de nossos medos, abrindo espaço para transformar as nossas relações.
Um beijo!
Escrito por Ana Paula Bechara