

É importante, em seu processo de trabalho interno, saber diferenciar uma autopiedade de um auto-acolhimento. O auto-acolhimento irá auxiliar em seu processo, enquanto a autopiedade irá paralisar.
Vou trazer algumas diferenças para você poder se observar neste sentido.
Sentir piedade e dó de si é um movimento da vítima dentro de nós.
Quando estamos neste movimento, passamos a mão na cabeça em questões que não deveríamos estar passando, que não estão em prol do nosso desenvolvimento. A autopiedade, geralmente, vem acompanhada do sentir-se injustiçado perante a vida, a sociedade, as pessoas.
E ela pode nos paralisar diante de situações.
Muitas vezes, ela estamos na autopiedade pois estamos em uma guerra, tentando mostrar para a socidade/vida/pessoas o que fizeram com a gente.
Já o autoacolhimento é uma outra coisa. Este não parte da vítima dentro de nós, mas sim de uma parte madura da personalidade. O autoacolhimento tem a ver com uma aceitação verdadeira de algo em si, de algo na vida. Mas uma aceitação que está a favor da vida e não contra a vida. Uma aceitação que ajuda a seguir em frente e se trabalhando, e não que traz uma paralisação. E um aceitar e acolher que traz responsabilidade sobre si.
Percebe a diferença?
Vejo alguns de meus pacientes com transtornos alimentares e obesidade, muitas vezes, paralisados em uma autopiedade, em uma falsa aceitação e colhendo frutos amargos, sem nem perceber que isso estaria partindo de uma criança ferida que está na sua forma de guerra, de protesto.
E isso me instigou a escrever este post!
Faz sentido para vc?
Um beijo!
Escrito por Ana Paula Bechara