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“Já faço terapia, mas não consigo resolver minha questão com corpo”

 

Eu ouço esse relato inúmeras vezes de pessoas que chegam para realizar o programa terapêutico Curando o Comer. Falam sobre essa dificuldade em resolver o que acontece no corpo e também com o alimento, mesmo já realizando terapia.
Compreenda que as questões psicológicas que se expressam em uma problemática alimentar, comumente chegarão no corpo físico também e na forma como vc se relaciona com ele. Mas não são somente estas doenças que pensaremos neste mesmo mecanismo, de algo psicológico profundo que ganha expressão no corpo.
 
Vou abordar 2 pontos aqui com vcs sobre o tema deste post.
O primeiro é algo que venho estudando em uma formação que estou realizando em psicotraumatologia. É o da separação entre corpo e mente. Tendemos a ver em partes e não um todo. Isso acaba chegando aos tratamentos que recorremos- profissionais atendem o corpo e profissionais que atendem a mente. Mas quando nos deparamos com estas doenças, como as que me especializei, elas demandam uma interligação dos campos.
Pois, quando não há isso, os pacientes não se sentirão acolhidos, compreendidos.
Então esse primeiro ponto diz respeito a nossa formação enquanto profissional, que muitas vezes vai demandando uma ampliação na forma de escuta e condução dos casos.
 
E agora falando um segundo ponto que vejo também ser necessário. A depender do que vc está apresentando no seu corpo físico, pode ser importante vc ir somando profissionais e abordagens a equipe que te atende. A fim de ir incluindo esse processo que acontece com seu corpo. Continuando falando do exemplo que comecei o post:
Quando alguém me procura dizendo que tem compulsão alimentar (e geralmente sobrepeso), contando que já faz uma análise há muitos anos, a qual vai bem para outros assuntos mas para este não, eu proponho que a pessoa some um processo em grupo que iremos focar nesta questão. Até mesmo com pacientes que fazem terapia individual comigo, muitas vezes, proponho esse caminho, o qual vai trazer uma outra abordagem. E isso muitas vezes acaba ajudando.
 
Faz sentido para vc?
Um beijo!
 

Escrito por Ana Paula Bechara