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Reflexões sobre o filme “O mínimo para viver”

Vim trazer uma recomendação de filme e reflexão (passando a foto para o lado tem alguns trechinhos do filme). “O mínimo para viver” mostra a história de uma moça com anorexia nervosa, trazendo vários elementos comuns a quem apresenta este transtorno.

Muitas doenças psicológicas são influenciadas pela cultura e meio social em que estamos inseridos. Dentre estas, a anorexia nervosa.
Os sintomas psicológicos são inseridos em um determinado momento da história, da cultura.

Ultimamente tivemos a notícia da influenciadora digital de 26 anos que morreu pelas complicações de uma lipoaspiração. E com isso quis trazer um alerta/reflexão:

Em um determinado momento do filme, o psiquiatra fala para a paciente “eu não vou te tratar se você não quiser continuar viva”.
A anorexia nervosa é a doença psiquiátrica que mais mata no mundo. Esse dado é alarmante e mostra sobre a estruturação da sociedade.

Percebo que há um problema quando levamos um padrão estético ao extremo. Se há uma busca desenfreada por este, desconectada de si, geralmente há algo interno precisando ser visto.
Esta busca desenfreada da estética vai na contramão do auto-cuidado.
Enquanto que o auto-cuidado é fluido, traz saúde, vitalidade, bem-estar; a busca desenfreada por estética traz rigidez, insatisfação, comparação, sofrimento e desequilíbrios (físicos, emocionais).

Geralmente quando caminhamos pelos extremos vivenciamos sofrimento. Tanto no extremo da voracidade/comer emocional/amortecimento de sentimentos/ descaso consigo mesmo; quanto no extremo da rigidez pela estética, da privação a todo custo. Ambos lados há desconexão consigo mesmo.

Reparo que a beleza é um fruto do autocuidado, do equilíbrio, do estado de saúde (em seus diferentes níveis).

Escrito por Ana Paula Bechara